"Two things are infinite: the universe and human stupidity; and I'm not sure about the the universe" - Einstein

 

Existirá vida inteligente lá fora?

Bem... Na realidade a questão deveria ser: Será que existe vida inteligente cá dentro? Voltem a ler o cabeçalho...

Num documentário no outro dia, num desses raros canais que de vez em quando até dá algo interessante, comparava-se o número de planetas do universo aos grãos de areia numa praia. Sendo que o planeta Terra, em termos  universais é exactamente como um grão de areia numa praia. Pensar que o universo inteiro em toda a sua extensão, só terá um planeta habitado é... Será que é mesmo, mesmo preciso eu explicar o absurdo de sequer imaginar isto?

Ok... eu vou mesmo insistir. Quem acredita que o universo só tem um planeta habitado está a mostrar mais ignorância que aqueles que, pela Europa fora, na idade média, acreditavam que (assim lhes era dito) a Terra era plana e o sol andava à sua volta. E as estrelas eram o adorno da noite e serviam apenas para dar alguma beleza ao céu. A isto se chama de geocentrismo.

A única diferença aqui entre as pessoas que hoje ainda acreditam nisto e as que na idade média acreditavam que assim era, como um dogma, é que eles não tinham qualquer dos recursos que nós hoje temos que nos permitem ainda que parcialmente, sair da ignorância: temos livros, jornais, temos computadores, existem escolas, e por aí fora. Desculpem-me, mas não há desculpa para se ser ignorante. 

 

Existe também uma corrente muito interessante, liderada por ilustres cientistas da NASA, que é a que colhe mais consensos, que defende que seguramente que existem civilizações extraterrestres, mas que nenhuma delas nos conseguiu nem consegue contactar, porque estão demasiado longe para o fazer. Esta é a teoria "oficial", porque cumpre perfeitamente a função. A autoridade destes cientistas permite que não sejam questionados. Quem sou eu para questionar um génio da NASA, certo?

Errado! Mesmo que uma coisa absurda seja dita por um génio, não deixa de ser absurda. A única diferença, é que se é um génio a dizer, é porque tem algum motivo para isso, seja ele qual for. Mas já abordaremos isso mais tarde. 

Vamos então perceber porque é que isso tembém não faz sentido. Dizer que os extraterrestres nunca nos visitaram porque estão demasiado longe para o conseguir, é o mesmo que um habitante da micronésia (arquipélagos de pequenas ilhas no meio do Oceano pacifico) que nunca viu um ocidental dizer: "não vive ninguém fora desta ilha, porque nós não conseguimos fazer canoas suficientemente grandes para chegar a lado nenhum. Estamos sós no mundo!". É parvo pôr isto deste forma? Não! Porque são os próprios cientistas que colocam em causa a nossa inteligência quando fazem as alegações que fazem.

Eu não posso colocar limites a nenhuma civilização tendo como base as minhas próprias limitações. Eu não consigo levantar 300kg com o meu nariz... Mas um elefante faz isso com a sua tromba. Dizer que o planeta habitado mais próximo está a 4 ou a 40 ou a 400 anos-luz da Terra é tão relativo como dizer que não se consegue ir a Marrocos porque é muito longe. Claro... para quem quiser ir a nado. Mas de avião são duas horas. Uma civilização que conheça um bocadinho mais que nós de tecnologia, de ciência, de energia, conseguirá fazer coisas que nos parecem inacreditáveis. 

 

O que é verdadeiramente a questão é: se eles estão por todo o Universo, porque é que eles não se manifestam! E isso e apenas isso eu considero muito estranho. Existe algum tipo de código de conduta que impede as civilizações extra-terrestres evoluídas de contactar planetas primitivos, como o nosso? Nós também não interferimos na vida dos povos da Amazónia...

 

Ou existe alguma experiência, social, ou até genética que eles estejam a conduzir conosco, e que a sua interferência iria viciar o seu resultado? Ou será que eles andam a brincar aos deuses conosco? Ou então eles vêem-nos como nós vemos os peixes num aquário: cria-se o ecossistema, um habitat bonito e estável, e depois deixam-se os peixes entregues a si mesmos, para ver o seu comportamento, a sua beleza.

 

Aceitam-se sugestões... Está aberto o debate.