Sobre as profecias

Os autores que se tornaram conhecidos por divulgarem profecias, dos mais diversos tipos, são inumeráveis. Distinguir entre os que são bem-intencionados, e que partem de algo palpável, e aqueles que apenas tentam enriquecer à conta do público, é uma tarefa dificil. E algo complica tudo isto ainda mais: a maioria destes autores acaba por recorrer às conferências, à publicação de Dvds, de livros ou de conteúdos pagos, por um simples motivo: todos eles precisam de se sustentar. Assim, dizer que se um autor cobra pelo seu material é alguém que só está no meio só para enriquecer pode ser injusto. No fundo, todos eles precisam de ser remunerados de alguma forma. E mais um facto que complica a distinção entre os autores é o seguinte: mesmo os charlatães partem normalmente de postulados reais, têm um fundo de verdade naquilo que divulgam. E passam por ser verdadeiros, porque uma parte do que dizem é, efectivamente, verdade.

 

O que pode motivar um charlatão a dar-se ao trabalho de lançar trabalhos, na área das profecias?

Na nossa opinião, podem ser vários os motivos:

1) Pode tratar-se de um autor que pretenda, tão simplesmente, pretender ganhar dinheiro, ou fama, com os seus artigos, com as conferências, etc. São pessoas inteligentes, mal intencionadas, que fizeram, elas próprias, investigação sobre profecias, mas não trazem nada de novo. São uma minoria de autores, porque estas pessoas rapidamente se aprecebem que não ficarão ricos nem famosos divulgando trabalhos nesta área. Acabam por desistir pouco depois de começar.

2) Pode ser um autor com algum interesse "Obscuro", de tentar enganar as pessoas, dizendo algo que é errado, trazendo a dúvida e a confusão a quem se interessa por estes assuntos. Normalmente, os autores que se enquadram neste grupo são extremamente mal intencionados, sabem mais do que aquilo que dizem, e deliberadamente, partem de factos correctos, mas depois iludem, enganam, desinformam, ou orientam as pessoas para obter algo que os serve a eles ou às suas organizações.

3) Pode tratar-se de um autor que é bem intencionado, acredita que o conhecimento que tem é correcto, e lhe chega por canalização, por contacto extra-terrestre ou algo similar. Este autor é usado por aqueles que o contactam para enganar, com algum propósito obscuro.

 

Quanto aos autores genuínos, bem intencionados, que divulgam trabalhos na área das profecias, é importante também saber que podem ter os seus próprios condicionamentos:

1) O autor pode, sem intenção, adulterar os conhecimentos que recebeu, influenciado pela sua própria concepção do mundo, pela sua cultura, pela sua religião. Ele faz uma adaptação daquilo que apreendeu, e é assim que ele irá depois divulgar estes conhecimentos.

2) O autor pode receber informação incompleta, ou pouco perceptível, por força do meio que usa para receber estes conhecimentos. Ele vai então completar aquilo que recebeu com as suas próprias ideias e conclusões.

3) Para além disso, existem profecias que, simplesmente, não têm de se cumprir! O mundo não é estático, a linha temporal não é estática, e há fenómenos naturais, e actos levados a cabo pelas populações, que alteram de alguma forma a linha temporal, e inviabilizam aquilo que era suposto acontecer.

 

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